Os ciclos que se repetem numa nova vida…

Andrea Martins
2 min readSep 12, 2022

O ciclos que se repetem dentro de uma nova vida e o antigo que precisa ir. Em mim, um sentimento de tristeza misturado com alegria. Num processo de transformações, sempre tenho esta sensação que damos um passo para frente e dois para trás. Fica evidente a maneira que você não quer se sentir mais, sejam os lugares, as pessoas, a família, um amigo ou um amor. Mas eles voltam, são viciosos, ás vezes sedutores, encantadores e nos alimentamos deles também. É nossa zona de conforto. O ciclo gira em forma de amor liquido, ciúmes, competição, raiva, desamor, sentimentos de baixa vibração. Mas isso não é amor, sigo dizendo isso para mim mesma. E também me perguntando, isso é amor? Aparentemente ficou assim, aparentemente estamos normalizando ser rígidos, duros um com os outros e nos tratar de maneira hostil. Talvez seja mais fácil ficar no lugar de, eu não sinto, porque quando sinto é muita dor e não quero sentir.

Nós fazemos parte de uma sociedade dolorida, que vive na defensiva, onde todos somos vítimas de tantas coisas ruins ou desgraças que a vida nos trouxe. Mas sério, vamos continuar vivendo desta forma até quando? Quase um prazer em sentir dor, uma linha tênue com masoquismo, não sei, talvez seja difícil de sair deste lugar, que pelo menos na minha experiência é bem solitário mas gratificante depois que passamos por tudo. Olhar para dor e curar, realmente é, foi e esta sendo, mas seguimos. Mais fácil do que ser vulnerável, pedir ajuda, pedir desculpa, ser acolhido, amado, dar ou receber amor, ser gostoso, ter um simples momento de escuta sem uma conversa interna com seu cérebro.

Mas então o que é se relacionar com amor? Qual a melhor forma não violenta de se comunicar? Podemos estar presentes no agora quando estamos nos olhando, nos comunicando e trocando coisas das nossas vidas? Somos merecedores em ter uma vida saudável, amorosa, feliz, de sucesso, fazendo escolhas saudáveis todos os dias?

Quando voltei, me vi dormindo na minha poltrona do trem da vida, passei por alguns ciclos, estendi minha mão para algumas pessoas subirem antes de partir, mas cada um tem seu tempo e neste tempo vivi a separação, sentimento de perda, luto, vazio, solidão. Depois de um tempo ali, mais consciente e com uma melhor auto estima, passei a caminhar dentro dos vagões, conheci novos passageiros, novas paixões, senti novas emoções, perda , dor e solidão novamente. Depois de alguns meses, acordei outro dia, em um novo vagão, já faz um tempo que este trem partiu com uma direção escolhida. Começo a ver outras paisagens, mas ás vezes ainda acordo em vagões antigos, revisito lugares e pessoas. Os novos vagões e paisagens, ainda não visitados, me enchem de esperança e amor. E sem ansiedade, não vejo a hora de visitar cada um deles, com um novo olhar, um novo tempo, de respeito, carinho, compaixão, empatia dentro do sentir e do entorno. O tempo, só o tempo. Nos vemos no próximo vagão do trem da vida! Axé! Me sinto abençoada e agradecida. Até…

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Andrea Martins

When I was 03 or 04 years old, I used to play alone most of the time, with my imaginary friends, that makes me believe I can create my own world and write :)